Os descobrimentos e as Cruzadas contra os infiés foram dois movimentos articulados. 1415 marca a data oficial do início da expansão ultramarina, quando Ceuta foi conquistada pelo rei D. João I, acompanhado dos infantes D. João e D. Henrique, seus filhos, que promoveram uma Cruzada para abrir uma cabeça de ponte no Marrocos.
Ao mesmo tempo em que expedições guerreiras eram enviadas para o Marrocos e se redobravam os esforços para controlar pontos econômicos estratégicos na região, os portugueses não se descuidavam de investigar o que havia do outro lado do mar Tenebroso e, tampouco, de procurar um caminho para a Índia pelo Atlântico. O descobrimento de ilhas espalhadas pelo mar aberto serviu para a fixação de bases avançadas da expansão ultramarina, prestando apoio logístico aos navios de Portugal e constituindo verdadeiros campos de testes de formas de colonização, que mais tarde seriam implantadas na Índia e, particularmente , no Brasil. Como se não bastasse, os descobrimentos representavam uma importante reserva de novas terras férteis para o cultivo de alimentos indispensáveis à manutenção da vida dos súditos da Coroa.
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