domingo, 14 de março de 2010

Apoiar o programa nuclear iraniano ou se juntar à defesa dos interesses argentinos nas Malvinas, qual o melhor caminho para a política externa brasileira se impor no cenário internacional?

Nos últimos anos o Brasil tem buscado um espaço de liderança no cenário mundial, claramente impulsionado pela política externa petista de enfrentamento com os interesses norte-americanos, muitas vezes se alinhando com causas que não representam os reais interesses estratégicos nacionais contemporâneos.

Em fevereiro deste ano, chegou à região offshore ao Norte das Malvinas a plataforma de perfuração Ocean Guardian, contratada pela empresa britânica Desire Petroleum, uma pequena empresa de petróleo. As operações ocorrerão a cerca de 60 milhas ao norte das ilhas e a cerca de 300 milhas do litoral argentino, com a perfuração de 10 poços para a Desire Petroleum e vários outros para outras empresas. Especula-se que haja nas Malvinas reservas da ordem de 60 bilhões de barris e que especificamente na área a ser explorada, tais reservas sejam de 3 bilhões de barris. Vale lembrar que Tupi, que é uma parte importante do Pré-Sal brasileiro, tem reservas aproximadas entre 5 e 8 bilhões de barris.

Neste momento, um apoio aos recorrentes pleitos argentinos no Comitê Especial de Descolonização da ONU, representa sim, uma causa de real importância para o Brasil, de forma a preservar seus interesses na soberania da exploração comercial dos recursos offshore na Zona Econômica Exclusiva, em função das recentes descobertas do Pré-Sal da Bacia de Santos.

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