domingo, 14 de agosto de 2011

As dificuldades intrínsecas de uma matriz energética baseada na energia eólica

Embora eu tenha grande apreço pelas formas ditas alternativas para geração de energia, tenho sempre adotado uma postura muito crítica quanto à real capacidade de fontes não convencionais – diferentes de hidrocarbonetos ou nuclear – gerar quantidades maciças de energia a tempo e a hora da demanda estabelecida. No caso da energia eólica, apesar da praticamente nula geração de CO2 no processo, existem alguns fatores que prejudicam sua aplicação em grande escala, especialmente o fato da intermitência na geração, que obriga que sempre tenhamos uma fonte mais confiável – convencional – como backup. Fato que onera gravemente do ponto de vista econômico a solução. Este é o principal motivo para os projetos baseados em energia eólica serem tipicamente avaliados como tendo capacidade entre 10 e 20% da potência máxima instalada. Mesmo o famoso exemplo dinamarquês repetidamente evocado, como caso de sucesso, visto que a Dinamarca possui – proporcionalmente à quantidade de energia consumida - um dos maiores parques eólicos instalado no mundo, depende visceralmente da energia hidroelétrica da Suécia.

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