Embora eu tenha grande apreço pelas formas ditas alternativas para geração de energia, tenho sempre adotado uma postura muito crítica quanto à real capacidade de fontes não convencionais – diferentes de hidrocarbonetos ou nuclear – gerar quantidades maciças de energia a tempo e a hora da demanda estabelecida. No caso da energia eólica, apesar da praticamente nula geração de CO2 no processo, existem alguns fatores que prejudicam sua aplicação em grande escala, especialmente o fato da intermitência na geração, que obriga que sempre tenhamos uma fonte mais confiável – convencional – como backup. Fato que onera gravemente do ponto de vista econômico a solução. Este é o principal motivo para os projetos baseados em energia eólica serem tipicamente avaliados como tendo capacidade entre 10 e 20% da potência máxima instalada. Mesmo o famoso exemplo dinamarquês repetidamente evocado, como caso de sucesso, visto que a Dinamarca possui – proporcionalmente à quantidade de energia consumida - um dos maiores parques eólicos instalado no mundo, depende visceralmente da energia hidroelétrica da Suécia.
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