domingo, 23 de maio de 2010

Ainda mais aspectos sobre a importância da caravela nos descobrimentos...

A caravela representou a confluência de diversas técnicas, uma síntese de práticas navais acumuladas em séculos de convivência com os diversos povos que passaram pela Penísula Ibérica. A seu favor contava a habilidade para navegar em zigue-zagues sucessivos, com manobras rápidas que dispensava o uso de remos, estando apta tanto para o percurso em alto mar quanto em águas rasas, além de requerer um número de tripulantes inferior ao de qualquer outro tipo de embarcação. Em contrapartida, não era a melhor opção  para viagens de longo curso, como a Carreira da Índia, além de apresentar pouca capacidade para o transporte de cargas e fraca artilharia, em um período em que esses fatores eram decisivos. Todavia, mostraram-se muito apropriadas  para viagens curtas e médias, como a rota do Brasil .
Muito utilizada nas viagens de exploração da costa brasileira, a caravela redonda surgiu no final dos quatrocentos, caracterizada pelos três mastros latinos, capacidade entre sessenta e oitenta tonéis e dezessete metros de comprimento. Entretanto, após estabelecida a regularidade das viagens para o Brasil, o lugar de destaque nas expedições, ao longo do século XVI, foi ocupado pela caravela de armada. Apresentando entre três e dos Mastros latinos, além de outro, de aparelho redondo, a armada portava cerca de cento e oitenta tonéis e a quilha tinha dezenove metros de comprimento.

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