O blog Energia e Grandes Navegações discute temas relacionados a questões energéticas - especialmente petróleo - bem como assuntos ligados à história das grandes navegações.
domingo, 28 de agosto de 2011
Fernando Pessoa e a ode aos navegadores
Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantas noivas ficaram por casar Para que fosse nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Quem quere passar além do Bojador Tem que passar alem da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nelle é que espelhou o céu.
A energia que gastamos para "purificar" a energia...
Você já parou para pensar que a maior parte da energia que consumimos é para “purificar” energia, transformando formas menos controladas de energia em potência concentrada e controlada?? Extraímos energia química acumulada na forma de petróleo encontrado em reservatórios nas profundezas da crosta terrestre e então a transformamos em produtos mais nobres dentro das refinarias e depois utilizamos estes produtos em caldeiras, turbinas, motores, fios elétricos, filamentos e semi-condutores. Dissipando sempre copiosas quantidades de energia neste processo de concentração e aumento do controle da potência disponível
terça-feira, 16 de agosto de 2011
O consumo de energia e o PIB
Embora haja uma relação direta entre elevado consumo de energia e crescimento do PIB, é importante perceber uma relação curiosa na evolução histórica do consumo de energia por unidade de PIB criado.
De fato, uma avaliação desta relação ao longo do tempo demonstra com clareza uma diminuição do consumo de energia para gerar a mesma quantidade de PIB ao longo da história da humanidade.
Basta verificarmos que no passado distante, baseado em uma matriz energética baseada nos carbohidratos – leia-se força motriz humana - o PIB dos nossos ancestrais caçadores, ou mesmo agricultores primitivos era fundamentalmente energia na forma de comida.
Na era da Intenet, esta visão do declínio do consumo de energia/PIB também pode ser percebido no fato de que as economias mais ricas do planeta a cada dia incorporam a seu mix de produtos e serviços menos itens com alta relação consumo de energia/PIB. Vale o exemplo de que não precisamos de muitos “barris de petróleo” para escrever um software, ou criar um novo serviço de telecomunicações, diferente da enorme quantidade de energia que é gasta para gerar uma tonelada de aço.
De fato, uma avaliação desta relação ao longo do tempo demonstra com clareza uma diminuição do consumo de energia para gerar a mesma quantidade de PIB ao longo da história da humanidade.
Basta verificarmos que no passado distante, baseado em uma matriz energética baseada nos carbohidratos – leia-se força motriz humana - o PIB dos nossos ancestrais caçadores, ou mesmo agricultores primitivos era fundamentalmente energia na forma de comida.
Na era da Intenet, esta visão do declínio do consumo de energia/PIB também pode ser percebido no fato de que as economias mais ricas do planeta a cada dia incorporam a seu mix de produtos e serviços menos itens com alta relação consumo de energia/PIB. Vale o exemplo de que não precisamos de muitos “barris de petróleo” para escrever um software, ou criar um novo serviço de telecomunicações, diferente da enorme quantidade de energia que é gasta para gerar uma tonelada de aço.
domingo, 14 de agosto de 2011
O império marítimo português
O império português, que o Brasil integrou de 1500 a 1822, espalhou-se por todos os continentes ao longo de quase seis séculos. Começou com a conquista de Ceuta, no extremo norte da África, em 1415. O Império foi sobretudo marítimo e comerciale se formou rapidamente - em 1517 os portugueses já estavam em Cantão, do outro lado do mundo.
A expansão marítima portuguesa resultou principalmente das ações combinadas do Estado (com sua burocracia e seus exércitos), da Igreja e das entidades comerciais, com o objetivo principal de obter lucros.
A melhor expressão da força do comércio foi o próprio modelo luso de expansão, baseado nas feitorias, postos comerciais construídos ao longo dos litorais, protegidos por fortalezas, destinados a receber e entregar mercadorias
A expansão marítima portuguesa resultou principalmente das ações combinadas do Estado (com sua burocracia e seus exércitos), da Igreja e das entidades comerciais, com o objetivo principal de obter lucros.
A melhor expressão da força do comércio foi o próprio modelo luso de expansão, baseado nas feitorias, postos comerciais construídos ao longo dos litorais, protegidos por fortalezas, destinados a receber e entregar mercadorias
As dificuldades intrínsecas de uma matriz energética baseada na energia eólica
Embora eu tenha grande apreço pelas formas ditas alternativas para geração de energia, tenho sempre adotado uma postura muito crítica quanto à real capacidade de fontes não convencionais – diferentes de hidrocarbonetos ou nuclear – gerar quantidades maciças de energia a tempo e a hora da demanda estabelecida. No caso da energia eólica, apesar da praticamente nula geração de CO2 no processo, existem alguns fatores que prejudicam sua aplicação em grande escala, especialmente o fato da intermitência na geração, que obriga que sempre tenhamos uma fonte mais confiável – convencional – como backup. Fato que onera gravemente do ponto de vista econômico a solução. Este é o principal motivo para os projetos baseados em energia eólica serem tipicamente avaliados como tendo capacidade entre 10 e 20% da potência máxima instalada. Mesmo o famoso exemplo dinamarquês repetidamente evocado, como caso de sucesso, visto que a Dinamarca possui – proporcionalmente à quantidade de energia consumida - um dos maiores parques eólicos instalado no mundo, depende visceralmente da energia hidroelétrica da Suécia.
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